sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pai

Eu não compreendo o que tanto lhe aborrece
tento sempre ser boa, e você me desmerece.
Faço o que posso para lhe agradar
e você volta a me humilhar.
As lágrimas são quase rios fartos
e eu queria saber, ouvir dos seus lábios
qual é o motivo, a razão
de você nunca me dar uma explicação
da sua falta de amor por mim.
E isso não tem fim.
Eu me entristeço, morro...
E nunca, jamais peço socorro.
Eu só queria um sorriso, um agrado
mas você não pode largar o fardo.
Você nunca pode me dar atenção,
tudo gira em volta do meu irmão.
Você, pai que eu tanto amo
começa a perder seus encanto.
Passo noites sem dormir
pensando em como me redimir.
Quero tanto que seja sincero
mas ao perguntar, me desespero
porque você começa a falar
e eu, a querer parar de escutar.
Seus motivos, para mim, não tem sentido;
Eu não entendo o que te deixa deprimido.
Me forço e esforço para te amar
e você sequer pode me olhar.
Está sempre ocupado demais para tudo
e eu acho isso absurdo.
Mas se eu reclamar
você começa a falar.
Sua voz era como música
e agora, com súplica
lhe imploro para que não fale...
Simplesmente se cale.
O meu ouvido agradece
e meu coração se entristece.
Então, pai querido,
que um dia fora meu amigo
quero agora distância de ti
para que meu coração
pare de se partir.
Te amo tanto
mas se passou o encanto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário