segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Worth it

Nunca fui lá uma pessoa muito ciumenta. Não mesmo. Acho ciúme um sentimento estritamente necessário, mas com o qual a minha consciência não foi contemplada. Porém, acho digno, depois de termos conhecimento de que não sou ciumenta, compartilhar um fato que descobri há pouco tempo: um único rapaz, até hoje, foi capaz de despertar em mim uma sensação de poder, de cuidado, possessão, de "é meu" e "saia de perto". Passaram-se quase 2 meses desde a última vez que ficamos, e posso dizer, estou orgulhosa. Ele nunca foi bom para mim; o que não significa que não tenha tentado, ou que eu não tenha gostado muito mesmo dele. Aquele gnomo infeliz disfarçado de cantor americano. Um pentelho com cara magricela, cuja única coisa que indicava sua idade era seu RG. Nem seu tamanho nem seus trejeitos o entregavam como adulto. E eu me apaixonei. Por esse menino-homem tão absurdamente obsceno e errado, com o qual eu jamais devia ter me metido. Ele mexeu comigo. Mexe comigo até hoje. Seu nome ainda me interessa. Seu cheiro eu ainda sei de cor. Sei suas camisas e seus tênis, e sei como gosta de se divertir. Me lembro de cada detalhe que aprendi, e o que não deu tempo de aprender, bom, não era importante. Sei sua data de aniversário, seu nome completo, e o meu nome com o sobrenome dele. Ele me marcou. Deixou uma cicatriz grossa e funda no meu pequeno coração, aquele que eu neguei tantas vezes e que quando finalmente entreguei, foi massacrado pela vida e pelas circunstâncias. Mas mesmo com a dor, vou ser sincera: foi bom. TUDO. Cada segundo, cada milésimo de segundo, cada risada, cada sorriso, cada beijo, cada suspiro, cada respiração. Valeu a pena.

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