terça-feira, 16 de novembro de 2010

Conversa dos meus sonhos

A conversa dos meus sonhos é ligeiramente insana. Estou em pé, no meio de um campo, ao seu lado. Você segura com força a minha mão e sorri. Eu estou pronta para correr com você pelo campo, com o vento, quando você se vira para mim e diz: eu não te amo. O sorriso ainda está em seu rosto, sua mão ainda segura a minha com firmeza. Eu então sorrio para você e digo: Que bom, porque eu também não te amo. Assim continuamos, felizes e contentes, e corremos pelo campo, com o vento. A melhor coisa do mundo será quando você parar de mentir pra mim, dizendo palavras que não são fiéis aos seus sentimentos; a melhor conversa do mundo será aquela na qual você dirá, finalmente, a verdade. Eu não quero o seu amor, eu quero o seu respeito. Respeite-me o suficiente para ser sincero comigo, e então sim estarei feliz.
A segunda conversa insana que eu sonho ter é ainda pior. Estarei deitada numa cama de pilares altos, coberta com lençóis de seda, e você estará ao meu lado, segurando delicadamente a minha mão. Eu direi: Diga-me, querido, eu ainda tenho seu coração? Você pensará, deixará a mulher deitada na cama nervosa, e então sussurrará: Você sempre o terá. Com isso, saberei que foi um erro deixar que você se apaixonasse e soubesse dos meus sentimentos, pois assim, tirei de você a vida. Quando o meu coração parar de bater, saberei que você seria capaz de dar-me o seu apenas para não me ver ir. Não dependa de mim, assim como eu não dependo de você. Quando eu for, quero que você continue, não desista por mim. Eu não valho a pena. Você tão pouco.
E no fim, palavras bonitas são apenas isso: aparência, uma coisa boa de se ouvir. Nada mais. Até que sejam verdadeiras, não valhem nada.

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