terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Existe uma história

Eu só sei contar a nossa história.

Conto a todo momento, para quem quiser ouvir. Sobre o quanto nos odiávamos, e o modo como você sempre me deixava sem saber o que fazer. Eu nunca sabia o seu humor, e você dizia que não sabia o meu. Eram duas tempestades indo ao encontro uma da outra... E como tempestades, ambos possuíam momento de calmaria. Uma calmaria extrema e delicada, doce como açúcar, leve como algodão; podia durar cinco minutos ou duas semanas. Não sabíamos lidar um com o outro. Eu era extremamente arrogante e prepotente; você era sedutor e mandão. Eram duas forças incompletas, falhas. Precisávamos um do outro, embora jamais fossemos admitir. E agora, agora que você está longe, agora que sou apenas uma tempestade solitária e caótica, percebo a falta que o seu desespero e a sua própria arrogância me fazem. Vejo que tudo me faz pensar em você, no que você me dizia, nas nossas brincadeiras, nas conversas sérias, nos conselhos, nas confissões. Fica difícil, cada dia mais difícil, conviver com a sua ausência...


E ver que o tempo todo, eu me lembro de você.

(Desabafo).

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