segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sensação de batalha perdida

Eu estou tão fraca.
Nunca me senti assim. É tão estranho.
Como se me tirassem um pouco de oxigênio; meu corpo diz que nada está bem, que está tudo errado. Minha cabeça ameaça explodir e meus olhos, secos, não demonstram qualquer reação. Me sinto literalmente oca. Não há nada dentro de mim.
Socorro.
Venha me buscar.
Me leve pra deitar na sua cama, pra ouvir sua voz e sentir seu cheiro. Vamos, venha, não se atrase, não me deixe na espera, não espere. Me tome. Tome conta. Cuide de mim, cuide de nós, não deixe que morra. Não deixe que se vá... Não. Por favor, estou implorando por um pouco mais. De tempo, de vida, de você, de nós, de mim mesma, desse pedaço que eu perdi. Eu estou em você, você está em mim. Um pedacinho de você aqui, guardado com cuidado pra que não se perca. Não esquecerei. Não posso, nem se quiser. E eu quero, pra me curar de você, essa praga que me infectou e me destruiu. Não tenho nada do que reclamar, muito menos agradecer. Que bem você me fez? Nenhum. Nenhum bem. Me trouxe dores de cabeça, apertos, marcas, borboletas, confusão.
E agora só se vai...
Pra onde eu não posso correr.

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