quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sorriso e Serenidade

Elas são muito diferentes.

Uma é a fogo, ardendo, brilhando, mas presa dentro de um casulo no qual ela nunca quis entrar, e só agora está descobrindo como sair. A outra é água, calma, tranquila, pacificadora. Mas tem muita força, muita vontade e muito poder. Elas não são reveses, são complementos, são as metades de um todo cheio de segredos. Separadas elas perdem força, mas não são dependentes. São apenas complementos. Como um par de dados, talvez. Onde um fortalece o outro, mas não há necessidade.
Com o tempo, aprende-se a diferenciar. Não só o rosto ou o corpo ou o cabelo ou o sorriso. Aprende-se a diferenciar as ideias; a forma como o Fogo joga o cabelo para o lado, ou como a Água baixa a cabeça quando quer escapar.

Elas são muito diferentes.

Até no toque do abraço, ou no cheiro, ou no franzir do cenho podemos ver que são tão diferentes como todo mundo. E às vezes são essas diferenças que fazem com que sejam tão iguais. Não é fácil de entender, mas é assim. E quando as confundem, e elas sorriem, por dentro clamam por um pedido de desculpas, alguém que diga: “Como você pode confundi-las? São completamente diferentes”, porque elas sabem que não são iguais. Jamais serão.

Elas são muito diferentes.

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