sábado, 15 de outubro de 2011

Uma doença

Sabe como eu acordei hoje? Não foi a chuva batendo se não insistente, brutalmente na minha janela, mas os três bipes do meu celular avisando que a bateria já era. Nunca levantei da cama com tanta rapidez! Corri através do quarto só de camiseta, busquei o carregador e o pluguei na tomada, coloquei o celular em cima da mesa e voltei correndo para cama. Esfreguei os olhos e finalmente me lembrei de colocar os óculos. Olhei para fora da janela pela primeira vez no dia, e me deparei com o Apocalipse. Faltou só estar trovoando para eu ter certeza de que o mundo ia acabar. Me encolhi debaixo dos três cobertores e rezei pra não ter que sair daqui até achar seguro viver de novo.

Mas eu esqueci de contar pra vocês a novidade: sarei. Não completamente, porque infelizmente não é uma doença só que me assola, mas da principal, e posso dizer, da pior delas, eu sarei. Ou vocês não sabiam? Eu estava sofrendo de burrice consciente aguda, que eu particularmente acho que é a pior doença de todas. Pra quem não sabe, eu vou dar um exemplo pra explicar.
Lá estava eu, vivendo minha vida, quando apareceu um determinado indivíduo e tomou de mim o meu controle mental e o controle do meu coração. Eu estava sim apaixonada, embora lutasse até o fim do mundo dizendo que não. Mas todos sabiam; menos ele, acredito. Nunca namoramos, nem perto disso! Apenas ficávamos com uma frequência admirável. Dois meses de luta, pausa, volta, vontade, eu aqui sofrendo, ele lá... voltou com a ex. É, ele voltou com a ex. Já fazia umas semanas que a gente não ficava direto, mas porra, tinha que voltar com a namorada?! Tudo bem, respira, nada demais, você não gosta dele mesmo (reticências).
Aniversário dele, o presente? Eu. Mas e a namorada? Sei lá da namorada. Se tinha, se não tinha, eu estava tão preocupada quanto ele parecia estar.
Passa uns dias, descubro que ele terminou com a namorada. A notícia põe pilha num sentimento que eu tô tentando deixar no fundo do baú. Tô conseguindo, SAIA JÁ DAQUI, ESPERANÇA. Vai atormentar outro coração.

E agora eu tô aqui, contando pra vocês que meu tratamento anti-ele funcionou. Arranjei outro problema; relativamente menor, até. Mas o que importa é que agora só falta curar essa bola presa dentro da minha garganta. Então estarei completamente curada.

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