quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Deixa eu contar

Foi absurda a rapidez
com que sensatamente
me livrei de você.
Apaguei as memórias,
esqueci as histórias;
o seu gosto eu nem lembro mais.
Achei que sentiria por tempos
a falta que você faz.
Mas não faz mais diferença
e eu estou em paz.
Uso sua roupa e vejo suas fotos,
e é engraçado como,
ao meu próprio modo,
fui superando, e deixando,
e esquecendo de como foi.
Hoje eu nem imagino o que mudou.
Talvez se eu me esforçar
consiga lembrar
como era o ritmo da nossa dança,
o volume da nossa alegria.
Hoje, só vejo uma mistura
quase melancólica, crua
de desapego induzido.
E quando perguntei se
você queria ficar comigo,
a resposta foi indiferente.
Bem, agora é a minha vez
de te abandonar no passado
e seguir em frente.

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