Sou como uma
veterana de guerra;
meus ossos doem,
minha pele exibe
o cansaço da existência,
e já não cubro mais
as marcas
em meu rosto.
O amor me feriu
de forma tão cruel
[as cicatrizes ardem]
e eu me percebo
temerosa.
Não me machuque
[mais].
A dor
tornou-se
inerente
ao amor
e não posso,
não consigo
— e honestamente,
não quero —
me desapegar
do meu medo.
Pois quão perigoso
pode ser
permitir-me acreditar
em quem quer
que seja?
Baixar a ponte,
desligar a cerca elétrica
e destrancar as portas
me parece má ideia.
Deixar alguém entrar
soa como o princípio
do fim.
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